Mulher caminhoneira: pouco espaço em setor machista
Dia da mulher relembra os obstáculos das caminhoneiras no Brasil
A mulher caminhoneira existe. Circulam pelo Brasil mais de três milhões de caminhões, conduzidos por cerca 4,5 milhões de profissionais, porém, somente 6,5% desse total são mulheres, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
Entre elas está a influenciadora Janaina Cardoso, motorista de caminhão de Gravataí/RS com 35 anos e mais de três mil de seguidores em seu canal no Youtube.
Porém, nem sempre foi assim. As primeiras mulheres motoristas profissionais tiveram que enfrentar muitos preconceitos e desafios para entrar nesse setor dominado por homens. Em 1918, Luella Bates se tornou uma motorista de ônibus escolar em Nova York e foi considerada um modelo a ser seguido.
Mulher caminhoneira
Outra pioneira foi Lillie Elizabeth McGee Drennan, que em 1928 se tornou a primeira mulher a obter sua licença de caminhão comercial nos Estados Unidos. Ela fundou sua própria empresa de transporte de carga e se tornou uma líder no setor.
No Brasil, a primeira mulher a obter a licença de motorista profissional foi Maria Rosa de Araújo, em 1928. Ela trabalhou como motorista de bonde em São Paulo e abriu caminho para outras mulheres seguirem seus passos.
Essas mulheres enfrentaram muitos obstáculos, sobretudo por conta do machismo dos colegas de trabalho até a falta de infraestrutura adequada para motoristas do sexo feminino.
Entretanto, a perseverança delas abriu caminho para futuras gerações de mulheres motoristas profissionais. Hoje, graças ao trabalho dessas pioneiras, mulheres em todo o mundo estão conquistando seu lugar no setor de transporte e provando que podem fazer qualquer trabalho tão bem quanto os homens.
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