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Tecnologia de Transportes

Carros elétricos X veículos a etanol

Emplacamento de veículos elétricos no Brasil em 2022 bateu a marca de quase 50 mil unidades

As vendas de automóveis leves eletrificados no Brasil cresceram bastante. PÇara see ter uma ideia, em 2022 foram quase 50 mil unidades emplacadas. O número equivale a 41% do número de emplacamentos de 2021. 

Os dados são da Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE). Ciente desse cenário, André Ricardo Vieira, CEO, sócio e fundador da Solution4Fleet, consultoria de gestão para locadoras e concessionárias, comenta quatro aspectos comuns em relação a este assunto:

 

1. Quem vence a batalha entre elétrico e etanol?

O veículo a etanol nunca vencerá essa batalha, porque existe um interesse comercial muito grande em transformar a matriz energética dos carros. Lembrando que o carro elétrico, em média, é composto por apenas 35% das peças de veículos convencionais. Isso quer dizer que, em escala, a tendência é que, no futuro, ele seja criado de uma forma cada vez melhor, o que significa que o valor desses carros será bem mais acessível.

2. Perspectiva de transição de veículos a combustíveis fósseis para os elétricos

A transição vai acontecer. Nesse processo, o grande destaque será o veículo híbrido, que deve, cada vez mais, ser abastecido a álcool. Trata-se, porém, de uma transição longa, porque não envolve apenas carros, mas também caminhões e ônibus, além das questões de infraestrutura que precisam ser desenvolvidas, como os pontos de carregamento dos veículos. Lembrando, que estamos em um período de chegada do hidrogênio, que tende a movimentar muito o mercado, já que o seu resíduo é água. Mas o processo de armazenagem desse combustível ainda é complexo e caro.

3. Incentivos do Governo devem existir, mas não serão eternos

Como estamos em um período de transição de poder, não é possível afirmar com certeza absoluta que haverá uma intensificação de incentivo por parte do Governo para acelerar a transição entre veículos a combustíveis fósseis e os elétricos. Porém, ao analisar o que tem acontecido em outros países, é possível supor que o incentivo existirá por um período, mas não no longo prazo.

4. Entraves e motivadores da popularização dos veículos elétricos no Brasil

Sem dúvida, são três os principais entraves da popularização dos veículos elétricos no Brasil: alto valor do automóvel, pelo menos, no momento da chegada ao mercado; estruturação de uma rede de abastecimento eficiente; e a adaptação dos motoristas ao processo de abastecer com mais previsibilidade do percurso. Porém, os benefícios são animadores. Trata-se de um carro mais fácil e gostoso de dirigir e um pouco mais seguro, além de ter a tendência de apresentar um valor mais acessível ao longo do tempo.

“Estudos mostram que o etanol é o primeiro colocado entre os combustíveis mais limpos que existem. Os carros elétricos, desde que tenham fontes de energias limpas, tendem a ser um meio de transporte com baixíssimo impacto negativo ao meio ambiente”, explica Vieira. “Estou bastante entusiasmado com a chegada do carro elétrico ao Brasil. Acredito que, de 2023 a 2028, este crescimento inicial seja bem gradativo. Mas, a partir de 2029, a adesão a ele será acelerada”, conclui o executivo.

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Claudio Rangel

Claudio Rangel é jornalista formado pela Universidade Gama Filho , com pós-graduação em assessoria de Imprensa pela Universidade Estácio de Sá e Gestor Executivo de Cooperativas pela EXECOOP/Sescoop/RJ. Sua atuação como jornalista envolve a administração, reportagens e edição da Folha do Motorista do Rio de Janeiro, jornal especializado para o segmento de táxi, desde 1993. É fundador do Portal Eu, Rio e atualmente integra os quadros da Comunicoop, cooperativa de profissionais de marketing e comunicação.
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