880 convertedoras de GNV no RJ são irregulares, segundo Sindirepa
Convertedoras fluminenses foram alvo da “Operação Conversão” realizada por policiais da Delegacia de Defraudações (DDEF) na última sexta-feira de janeiro para checar denúncias de irregularidades em 15 instaladoras de GNV do Estado.
Os policiais interditaram dez lojas e investigam uma quadrilha que utiliza laranjas para esquentar documentações falsas. Seis pessoas foram presas.
Maioria das infrações foi a ausência de certificados de registro. Uma loja estava com problemas no extintor de incêndio. De acordo com os investigadores, as convertedoras realizavam seriviçoe irregulares. Algumas delas eram controladas por milicianos.
Convertedoras irregulares
O Sindirepa RJ (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro) emitiu comunicado de apoio às investigações. Conforme o sindicato, filiado à Firjan, essas empresas usam documentação falsificada, cilindros sonegados e até mesmo estabelecimentos em nome de “laranjas”.
O Sindirepa afirma que o o estado tem cerca de 1.200 empresas no ramo. No entanto, apenas 320 estão legalizadas. Dessas, 270 são associadas ao sindicato. No entanto, as outras 880 atuam de forma irregular. Assim sendo, a entidade quer que elas sejam investigadas e interditadas, caso não busquem a legalização.
“A atual investigação da Polícia Civil contribui para a competividade das empresas formalizadas, recolhedoras de impostos e geradoras de empregos formais”. O comunicado destaca a participação do Procon, em conjunto com as operações promovidas pelo IPEM em 2020.
O Rio de Janeiro possui a maior frota de carros movidos a gás natural veicular (GNV) no Brasil. O combustível é o mais barato do mercado. O incentivo fiscal ajuda a promover as conversões. O preço relativamente baixo também serve de atrativo para o proprietário do veículo.