Carro zero: Emplacamento sofre queda de 3,31% em junho
Carro zero está cada vez menos comum nas ruas brasileiras. A princípio, a causa é a crise de produção de semicondutores instalada em todo o mundo.
Como resultado, as fábricas estão paradas. Porém, a produção segue dando sinais de recuperação.
Por outro lado, dados divulgados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no último dia 2, são negativos.
De acordo com a instituição, o emplacamento de automóveis e comerciais leves caiu 3,31% em junho (169.589 unidades), comparado ao mês de maio, quando foram emplacados 175.391 unidades.
Apesar de apresentar retração, o mercado mostra força. Na comparação com junho do ano passado o crescimento é de 38,16% quando foram registradas 122.745 unidades.
O balanço do primeiro semestre deste ano também segue positivo. Ao todo,1.006.685 unidades foram emplacadas. Este número é 31,9% superior ao mesmo período de 2020.
Segundo Thiago Maia, diretor das concessionárias Nissan Carbel Japão e Carbel Volkswagen em Belo Horizonte, em ambas as empresas, os emplacamentos em junho tiveram o mesmo volume que em maio. Apesar de junho ter tido um dia útil a mais que maio:
“O impacto no varejo passou despercebido neste mês de junho, a queda só foi maior no setor de vendas diretas, fruto da crise dos semicondutores”, explica.
Carro Zero sem semicondutores
Indispensáveis aos carros zero modernos, os semicondutores são materiais capazes de conduzir correntes elétricas. constituem na matéria-prima para a produção de chips. A baixa produção afeta as montadoras de todo o mundo, como explica Maia:
“Algumas montadoras sofrem mais do que outras neste cenário. A Nissan, inicialmente, não vai parar em julho. Essa é uma boa perspectiva. A expectativa da Carbel Japão já é de crescimento em julho em relação ao mês de junho. Vamos ter também 40% a mais de disponibilidade de carros durante esse mês”, disse.
Assim, entre os modelos que utilizam semicondutores, o destaque é para o Taos, novo SUV da Volkswagen. Cada veículo chega a ter 300 chips.
Em síntese, Maia acredita que a crise de semicondutores vai acabar no primeiro semestre de 2022.